29 de maio de 2011.
A
Giovana ficou muito feliz com a aula que deu em Planaltina. Agora ela me dizer
que inventou de dar um negócio chamado variação linguística não é sério.
Português é português e pronto. Por isso que a educação não vai pra frente
neste país. Isso devia ser notícia de jornal escandalosa: “professora de
português ensina alunos a escrever e falar errado!”. Eu fui pesquisar na
Internet e vi até uma reportagem de uns meses atrás falando sobre um livro que
ensina o povo de que as pessoas sofrem preconceito linguístico por falar do
jeito que quer. Pelo menos nisso a imprensa fez o seu papel de denunciar e
mostrar essa safadeza. A minha filha ainda diz que “a língua varia de acordo
com a situação”. Se essa juventude aprender a escrever do jeito que quer, vai
sofrer muito.
Ela
não gostou muito da nossa conversa, disse que eu estava desatualizada. Respondi
que ela deveria rever o que ela ensina para não atrapalhar a vida dos outros.
Ficamos num clima muito ruim. A gente não se falou hoje direito por conta dessa
confusão, mas vai passar como das outras vezes.
O
Henrique deu uma melhorada no humor. Ele começou a falar de novo com os primos.
Semana que vem a gente vai num churrasco na casa do Roger para comemorar o
aniversário da filha de 10 anos de idade. Não é todo dia que se comemora uma
década a mais de vida. Embora o clima ainda esteja meio ruim por conta da morte
do Reginaldo, acho que a família vai conseguir ajeitar as coisas de um jeito
bem razoável.
O
Daniel continua no projeto dele de academia. Ele diz que já sente a diferença,
mas eu, sinceramente, não percebo nenhuma diferença nele nisso. O problema dele
são esses amigos perturbados. Às vezes a gente se deixa levar pelas vontades
dos outros e perde o eixo da própria vida. Quando ele chegou hoje umas 7 horas
da manhã, senti um cheiro insuportável de bebida e cigarro no meu filho. Ele
nunca foi de fumar e agora está fumando cigarro todo dia. Hoje falei disso com
o Henrique, mas ele não deu muita atenção e disse que “a hora de fazer bobagem
é agora”, porque, afinal, “se não fizer quando jovem vai querer fazer quando
não pode”. É impressionante como o ser humano é capaz de justificar as
besteiras que faz para continuar a fazê-las.
Bem...
vamos ver se nesta semana eu consigo fazer um negócio diferente.