20 de junho de 2011.
Nada
tem dado certo ultimamente comigo. A Giovana me olha com um olhar de desprezo,
o Daniel quebrou o braço depois de uma noitada com o bonde de idiotas dele e o
Henrique anda escondendo algo de mim. O meu marido atendeu dois telefonemas
meio escondido de mim. Tá na cara que ele quer esconder algo. Eu também quero
esconder que desconfio, mas não sei se faço isso bem.
Eu
conheço meu marido. Isso é mulher. Ele tem tido cada vez menos vontade de ficar
comigo. Agora quem pode ser? Fico com a cabeça rodando essa pergunta e sofrendo
com a minha possibilidade: Tereza. Essa mulher sempre assombrou os meus
pensamentos. Eu deixei isso quieto por um tempo, mas essa ideia sempre volta
para a minha cabeça com uma intensidade que eu não dou conta de controlar. Fico
ofegante e acabo dentro do banheiro chorando para ninguém me ver. Só saio do
banheiro quando eu me acalmo. O estranho é que, mesmo de tarde, quando eu
costumo ficar sozinha em casa, eu fico no banheiro. Não chego a deitar no chão.
Sento, me encosto na parede e escondo minhas lágrimas entre os meus braços e
joelhos. Eu sei que isso é coisa de adolescente, mas é isso que eu faço. Diário
serve pra isso: confessar o que nunca ninguém vai saber.
Tudo
bem que segunda é dia de uma nova semana, mas eu não queria essa semana para
mim. Tem dias em que a gente não quer viver. Seria melhor simplesmente se
pulasse uns 100 dias e tudo mudasse. Impossível mudar para pior. Tem gente que
diz que pode piorar, mas eu duvido muito. De resto é ir vivendo e aguentando.
(Assim como todos os outros dias do Diário, este foi escrito por: Fernando Fidelix Nunes)
(Assim como todos os outros dias do Diário, este foi escrito por: Fernando Fidelix Nunes)
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