segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Diário: 17 de maio de 2011


17 de maio de 2011.

         A rotina tem sido uma inimiga bem ruim pra mim ultimamente. Tive de preparar 2 jantares especiais na semana passada: um na semana para o pessoal do trabalho do Henrique e um para as colegas do trabalho da Giovana, no sábado.
Acho minha vida difícil, mas minha amargura tem sido diminuída com a dor do povo que eu vejo na televisão. Todo dia nas bandas do Oriente Médio vem uma confusão que morre gente. O povo lá não tem um dia de sossego. Eu rezo por essas pessoas. Ninguém merece viver a vida com medo de ser vítima da ira alheia. Crianças sem escola, casas destruídas, falta de água e de comida, tudo por poder e ódio com o passado. As pessoas seriam muito mais felizes se vivessem o presente. O remorso do passado costuma ser a substância mais corrosiva da alma.
          Engraçado que nas conversas que eu ouvi aqui em casa não vi ninguém comentar esses casos. É só rindo das fofocas ou de autoridades ou de colegas de trabalho. Os colegas do Henrique falaram até da Dilma, disseram que ela tem um jeito bruto com os servidores e que até demitiu um estagiário por fazer uma coisa que ela não gostou. Povo besta esse. O mundo pode acabar que eles vão ficar pensando só no próprio umbigo.

          O Daniel arrumou uns amigos este ano que não são brincadeira. Ele saiu na sexta à noite, depois da faculdade, e só voltou domingo na hora do almoço. A Giovana achou bom a ausência do irmão por conta das amigas dela. Se ele só fizer isso dessa vez, tudo bem. Todo mundo faz umas besteiras quando é jovem. Aliás, tem que fazer para não sentir falta depois. Vamos ver se eu consigo retomar o meu ritmo do início do mês agora.

Um comentário:

  1. "As pessoas seriam muito mais felizes se vivessem o presente. O remorso do passado costuma ser a substância mais corrosiva da alma."

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