17 de maio de 2011.
A
rotina tem sido uma inimiga bem ruim pra mim ultimamente. Tive de preparar 2
jantares especiais na semana passada: um na semana para o pessoal do trabalho
do Henrique e um para as colegas do trabalho da Giovana, no sábado.
Acho minha
vida difícil, mas minha amargura tem sido diminuída com a dor do povo que eu
vejo na televisão. Todo dia nas bandas do Oriente Médio vem uma confusão que
morre gente. O povo lá não tem um dia de sossego. Eu rezo por essas pessoas.
Ninguém merece viver a vida com medo de ser vítima da ira alheia. Crianças sem
escola, casas destruídas, falta de água e de comida, tudo por poder e ódio com
o passado. As pessoas seriam muito mais felizes se vivessem o presente. O
remorso do passado costuma ser a substância mais corrosiva da alma.
Engraçado
que nas conversas que eu ouvi aqui em casa não vi ninguém comentar esses casos.
É só rindo das fofocas ou de autoridades ou de colegas de trabalho. Os colegas
do Henrique falaram até da Dilma, disseram que ela tem um jeito bruto com os
servidores e que até demitiu um estagiário por fazer uma coisa que ela não
gostou. Povo besta esse. O mundo pode acabar que eles vão ficar pensando só no
próprio umbigo.
O
Daniel arrumou uns amigos este ano que não são brincadeira. Ele saiu na sexta à
noite, depois da faculdade, e só voltou domingo na hora do almoço. A Giovana
achou bom a ausência do irmão por conta das amigas dela. Se ele só fizer isso
dessa vez, tudo bem. Todo mundo faz umas besteiras quando é jovem. Aliás, tem
que fazer para não sentir falta depois. Vamos ver se eu consigo retomar o meu
ritmo do início do mês agora.
"As pessoas seriam muito mais felizes se vivessem o presente. O remorso do passado costuma ser a substância mais corrosiva da alma."
ResponderExcluir