(Ilustração feita por Enthony Vieira exclusivamente para este blog)
21 de novembro de 2011.
Esses
dias passou na televisão que o médico do Michael Jackson foi declarado culpado
pela morte do Rei do Pop. Eu não dei muita atenção quando eu vi isso na
televisão, nem escrevi sobre ela, mas com uma reportagem na televisão eu passei
a pensar mais sobre ele. Michael Jackson foi o tipo de pessoa sobre a qual todo
mundo tinha uma opinião. Não é possível ser indiferente ao Michael Jackson nos
últimos 40 anos. Ele foi a trilha sonora para a vida de muita gente. Ele
dançava muito e cantava tão bem quanto. Agora ficar viciado em anestésico é uma
coisa muito louca. A insônia dele era tão forte que precisava de um anestesista
profissional para dormir. Para ele, a véspera do sono devia ser uma tortura
insuportável.
A pessoa
quando tem dinheiro demais costuma fazer o que bem entende da sua própria vida
e da vida dos outros. Com o poder que ele tinha, ele fazia qualquer coisa.
Desde os videoclipes mais caros e mais bem produzidos até construir para si uma
Terra do Nunca. Todo mundo tem traumas, isso é verdade, mas construir para si
um rancho pra imitar a vida do Peter Pan é realmente muito estranho. Agora que
o pessoal anda falando mais das músicas dele, provavelmente porque dá dinheiro,
pararam de falar da sua vida pessoal. Só que nos dez últimos anos de vida ele
só foi lembrado pela bizarrice dele. Lembro que vi um documentário em que ele
dizia que dormia com as crianças na mesma cama e que era Peter Pan em seu
coração.
Tem gente que
diz que dinheiro traz felicidade. Considerando o caso do Michael Jackson, acho
que isso é mentira. Dava para ver na cara dele o quanto ele era triste. Vazou
até um áudio dele dizendo que não conseguia dormir e sofrendo muito.
Impressionante como as pessoas vão atrás de dinheiro e não conseguem nada. A
Giovana mesmo, ela quer estudar para ganhar dinheiro e ter uma vida estável
aqui em Brasília. Agora, ela estável financeiramente não vai estar feliz de
jeito nenhum. Ela vai continuar reclamando da vida e não fazendo nada que
preste. Do jeito que ela é, é até capaz de largar o emprego aqui só para ir
encontrar ou viver com o argentino dela.
O Henrique
falou que não arreda o pé de jeito nenhum. A minha filha fica insistindo nisso
de trazer o namorado dela pra dentro de casa. Conheço o meu marido, isso não
vai acontecer. Os dois já começaram a se estranhar mais dia a dia. Andam se
falando menos e discutindo ou se estranhando por qualquer coisa boba. Do sabor
de um bolo que ele comprou aqui pra casa até da Giovana deixar a escova na
sala. Nessa briga não queria ter que tomar partido por nada nessa vida, mas
acho que vou ficar do lado do meu marido. A gente tem que ser coerente na hora
de criar os filhos. Por que a Giovana não é que nem o Daniel, que conseguiu uma
namorada para arrumar os seus defeitos todos? Isso diminuiria bem as minhas
dores de cabeça e as dela também.
(Esta é uma obra de ficção feita por Fernando Fidelix Nunes. Toda sexta-feira você tem um novo episódio deste folhetim.)
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