17 de junho de 2012
Meu
aniversário de 53 anos está chegando... e daí? Quando somos crianças cada ano
passa devagar e tem um especial sabor do florescimento de uma nova vida. Já na
velhice o aniversário é a frustração da perda do sentido de cada dia. Quando eu
tinha 12 anos, sonhava em ter 20 anos para ser uma mulher realmente feliz.
Hoje, também sonho em ter 20 anos de novo. Fico pensando como a minha vida pode
ser diferente. Confesso que esse “lance” de velhice, como diz o Daniel, está
martelando na minha cabeça.
Resolvi
pegar um livro verde do Drummond que estava na estante da minha filha. É
chamado de “Prosa Seleta”. Tem vários livros dele com muita coisa boa. O meu
predileto é “O Avesso das Coisas”. Ele faz uma espécie de coletânea de frases
bonitas sobre todo tipo de assunto do ser humano. Como nesse tipo de livro o
interesse de quem lê está acima de qualquer ordem em que o autor tenha colocado
a obra, fui logo para o ponto da velhice. E ele fala muita coisa disso.
As
que eu mais gostei foram:
–
A velhice tem atitudes infantis, sem o encanto da infância.
–
Tentamos consolar os velhos chamando-os de velhinhos.
–
A vida é breve, a velhice é longa.
–
Suportar o peso da idade é a última prova de juventude.
–
Pedir benção dos velhos dá-lhes a ilusão de terem poder de abençoar.
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